Pr. Rivail Sousa
Vaticínios da vinda de Jesus
Para ressaltar a importância da segunda vinda de Cristo, o Novo Testamento faz
mais de 300 menções. Capítulos inteiros como Mateus 24 e Marcos 13 são
dedicados ao assunto. O apostolo Paulo refere-se a questão umas cinquenta
vezes, dedicando Epistolas inteiras como 1 e 2 Tessalonicenses. No entanto,
vale ressaltar que enquanto algumas destas citações referem-se ao arrebatamento
da Igreja (primeira fase 1 Ts 4.16,17), outras referenciam a manifestação de
Cristo em glória (segunda fase At 1.10,11).
Distinção entre arrebatamento e a
manifestação em glória
Para ressaltar a importância da segunda vinda de Cristo, o Novo Testamento faz mais de 300 menções. Capítulos inteiros como Mateus 24 e Marcos 13 são dedicados ao assunto. O apostolo Paulo refere-se a questão umas cinquenta vezes, dedicando Epistolas inteiras como 1 e 2 Tessalonicenses. No entanto, vale ressaltar que enquanto algumas destas citações referem-se ao arrebatamento da Igreja (primeira fase 1 Ts 4.16,17), outras referenciam a manifestação de Cristo em glória (segunda fase At 1.10,11).
Arrebatamento- 1ª faze
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Manifestação em glória - 2ª faze
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O mundo não será testemunha ocular
Mt 24:36
-43
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Todo olho o verá
Ap. 1:7; Jd 14
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O encontro será nas nuvens
I Ts 4:16,17
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O encontro será no monte das
oliveiras Zc 14:4.5
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Os santos serão arrebatados
1 Ts
4:16,17,18
|
Os santos desceram com o Senhor
Jd 14, Zc 14: 5
|
Haverá alegria I Jo
3:2
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Haverá profunda lamentação
Mt 24:30
|
Os incrédulos serão deixados mt
25
|
Os incrédulos serão destruídos
Mt 25:41-46
|
Conforme exposto acima, na primeira fase Jesus virá para a Igreja, de forma
secreta. O mundo não o verá, pois, somente aqueles que são lavados no sangue do
Cordeiro, anelam este tão maravilhoso momento de encontrar o amante da nossa
alma. Nesta ocasião, Israel será deixado, está no plano de Deus passá-lo pela
Grande Tribulação, a angustia de Jacó (Jr 30. 5-9).
A segunda fase, no
entanto, se dará no final da grande tribulação, e conforme o quadro
supracitado, Jesus, acompanhado de seus exércitos e da Igreja, virá sobre o
Monte das Oliveiras para livrar Israel das mãos do Anticristo. Julgar as nações
e estabelecer seu reino por mil anos.
Desenvolvendo o argumento
Paulo não se preocupa em grafar a palavra ‘arrebatamento’ nas passagens que
descrevem o arrebatamento da Igreja. Porém, a idéia do termo esta implícita no
contexto de 1 Tessalonicenses 4:17, que diz: “... seremos arrebatados”.
A presente expressão traz em si a seguinte sequência: “tirar”, “arrancar”,
“levar”, “afastar”, tirar por força ou por violência”, “impelir”, “suprimir”,
“elidir”. Essas expressões apontam a idéia de translado de uma coisa de um lado
para outro, ou de uma dimensão inferior para outra superior.
O Novo Testamento emprega cinco termos técnicos na língua grega para descrever
a manifestação futurística de Cristo em suas duas fases:
· Optomai (aparecer)
Hb 9:28
· Ercomai (vir) Jo
14:3
· Eppanos (aparição)
1 Tm 6:14
· Apokalypsis
(revelação) 1 Co 1:7
· Parousia (presença
ou vinda) 2 Ts 2:8
O dia não está revelado
Jesus deixou claro que este dia pertence somente ao Pai saber (Mt 24:36).
Porém, muitos falsos profetas caíram em descrédito por predizer a data da vinda
de Cristo. Veja alguns exemplos:
Montano
Anunciou no segundo
século depois de Cristo, que a Nova Jerusalém estava prestes a descer do Céu
sobre a Ásia menor. Causando grande sofrimento aos que lhe deram crédito, pois
muitos abandoaram propriedades e famílias para aguardar tal acontecimento.
Guilherme Miller
Fundado do
Adventismo, anunciou que a vinda de Jesus se daria em 21 de março de 1843,
falhando na data, remarcou para o ano seguinte. Seus seguidores sentaram-se
vestidos de branco sobre colinas e pátios de casas aguardando o grande
acontecimento. Apesar do desapontamento, seus seguidores continuaram a marcar a
volta de Jesus por diversos anos seguintes.
Carlo Taze Russel
Fundador do
movimento “Testemunhas de Jeová”, anunciou que os governos humanos acabariam em
1909, e em 1914 todas as Igreja Cristãs seriam destruídas, previu um Armagedom
para 1915.
Emanuel Swedenborg
Datou a volta de
Cristo em 19 de Julho de 1770. Afirmando que nesta data o Senhor enviaria os
anjos para reunir os eleitos.
“E surgirão muitos falsos profetas e
enganarão a muitos” (Mt
24:11).
Sinais da volta de Jesus
A curiosidade quanto ao tempo dos acontecimentos escatológicos sempre esteve
presente ao passar dos séculos. E conforme exemplos supracitados, ousar marcar
datas nesse sentido é uma atitude herege, além do individuo entrar para o
catalogo dos falsos profetas que haviam de vir.
Porém, aos seus discípulos que em particular lhe pediram: “Diz-nos quando
sucederão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do
século?” Disse o Senhor Jesus:
“Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome,
dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e rumores
de guerras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça,
mas não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra
reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas
essas coisas são o principio das dores. Então, vos hão de entregar para serdes
atormentados e mata-vos ao; e sereis odiados de todas as gentes por causa do
meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos
outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e
enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se
esfriará” (Mt 24:3-12).
Analisando os sinais
Sem uma cuidadosa análise os sinais preditos por Jesus não parecem ser tão
especiais assim. Visto que a humanidade sempre conviveu com os rumores de
guerras e com a própria guerra, fato este que segundo estimativas da ONU em
5.560 anos o homem já realizou 14.531 guerras. Quanto à fome, embora os
Cientistas afirmem que a idade da fome iniciou-se em 1974, esta sempre pesteou
as classes menos favorecidas. Jesus continua a listar os sinais e os faz
lembrar das pestes que assolariam a humanidade, o que também, não se
constitui um sinal emergente por si só, visto que em 1340 e 1350 a peste negra
matou 1/3 da população da Europa. Além de terríveis outras como a Hanseníases,
Tuberculose, Cólera, Aides, dengue e outras que têm devastado vidas.
Antes de continuarmos o catalogo de sinais, nos perguntamos; o que Jesus de
fato queria dizer com estes sinais, visto que estes em sim mesmo não
determinaria o tempo do fim?
É interessante
notar que enquanto a Bíblia versão Almeida, apenas sugere que estes eventos são
o principio das dores, o texto original (gr.) diz que todas estas coisas são o
principio das dores de parto. Note, portanto, que Jesus não disse sofrimento,
mas “dores de parto”.
Neste sentido há a
analogia de uma mulher gestante a espera do nascimento de seu filho, pois neste
casso o que vai determinar que o parto se aproxima não são as dores iniciais,
mas, a frequência e intensidade destas contrações. Numa gestação normal, Quando
estas contrações estão frequentes e intensas, é um sinal que a criança está
prestes a nascer.
Nota-se, portanto, que a simples presença destes tipos de eventos anunciados
por Jesus, não constitui sinais á serem observados. Somente quando estas
“contrações das dores de parto” se tornassem mais frequentes, saberíamos que um
novo tempo se aproximaria para a Igreja.
Diante do exposto, a nossa atenção deve está voltada não para os sinais
simplesmente, Mas para a frequência com que eles se manifestam. Posto isto,
vale notar que Jesus está afirmando que sua vinda será precedida por um tempo
agitado de transição, no qual haverá distúrbios físicos, guerras, crises
política, econômica, declínio moral e espiritual, apostasia religiosa,
proliferação de falsas religiões, surgimento de falsos profetas, infidelidade e
perplexidade. E quem está atento, está percebendo que estas “contrações” nunca
estiveram tão frequentes e intensas. Jesus está vindo. Um novo tempo está
nascendo para a igreja!
O que acontecerá no arrebatamento?
Vejamos o que declara o apostolo Paulo sobre o assunto:
“Porque o mesmo Senhor descerá do Céu
com alarido, e com voz de Arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram
em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4:16,17).
Cinco Coisas acontecerão no ato do
arrebatamento
1. O alarido
O Senhor Jesus declara em João 5:25-29, que os mortos ressuscitarão ao som de
sua voz. E este é o tão esperado momento dos que dormem em Cristo, pois neste
alarido, Cristo os convida á ressurreição, ao triunfo sobre a morte, o inferno
e Satanás.
2. A voz do Arcanjo
A bíblia faz menção á um único arcanjo, chefe dos anjos, que se chama Miguel
(Dn 12:1). Certamente a voz do arcanjo será para comandar os anjos que se
oporão ás hostes demoníacas instaladas nas regiões celestiais, abrindo caminho
para o povo de Deus que estará sendo arrebatado. – Falcão.
3. A trombeta de Deus
A palavra ‘trombeta’ é mencionada 81 vezes no cânon sagrado. A trombeta era
muito usada para convocação militar (Js 6.16), ajuntamentos públicos (Is
27.13), e para convocar o povo para as festividades. Aqui, no entanto, o toque
da trombeta nos convidará ás bodas do Cordeiro (A 19.7-9).
4. Os mortos em Cristo ressuscitarão
O fato de que todos os mortos ressuscitarão tem amplo apoio na Bíblia. Porém,
haverá uma ressurreição para os Justos e outra para os ímpios, ambas separadas
por um intervalo de mil anos. Ou seja, enquanto os justos ressuscitarão na
ocasião do arrebatamento (1 Ts 4.16,17), os ímpios continuarão na sepultura até
o dia do juízo final (Jo 5. 28,29; Ap 20.5; Dn 12.2). A expressão ‘ressurreição
dentre os mortos’ encontrada em Lucas 20. 35 e Filipenses 3.11 inclui a
participação exclusiva dos justos. Posta está realidade, o presente texto se
ocupará na ressurreição dos justos, “os que dormem em Cristo".
4. Quem ressuscitará nesta ocasião?
Conforme o texto em analise (1 Ts 4,16), todos os que “morreram em Cristo”, a
Igreja, que independente da causa morte destes cristãos, Deus os trará de volta
a integridade física por ocasião da ressurreição. O texto não fala de
recriação, mas, ressurreição. Portanto, mesmo aqueles cristãos que foram
lançados em fogueiras ou lançados aos leões nas arenas, tendo os corpos
totalmente destruídos, o nosso Deus sabe onde há o menor átomo do corpo desse
servo seu, e milagrosamente o fará ressurgir dentre os mortos para unir-se ao
seu espírito, e adorar a Deus na mais plena perfeição.
Em 1 Coríntios 15.23 Paulo usa uma expressão mais abrangente, “os que são de
Cristo”. Indicando assim, que além da igreja, os santos do Antigo Testamento
também ressuscitarão na ocasião do arrebatamento, pois pertencem a Cristo.
4. O milagre da ressurreição
É interessante notar que o corpo ressurreto de Jesus além de manter
características físicas que possuía antes de sua morte, como ocupar espaço
físico, ser tocado, ocupar se em atividades físicas apropriado ao corpo humano
como comer (Lc 24.36-43). No entanto, algumas características limitadoras do
corpo natural desapareceram e outras características especiais foram
acrescentadas. Com o milagre da ressurreição Jesus não estava mais limitado ao
tempo e espaço físico, o que lhe dera condição de entrar em casa com as portas
fechadas (Jo 20.19). Aparecer e desaparecer de relance aos dois discípulos no
caminho de Emaús (Lc 24.13-35). E ninguém pode dizer que estas aparições tenham
sido alucinações dos discípulos, pois estas se repetiram em dez ocasiões
diferentes num intervalo de quarenta dias (At 1.3), sendo que em uma das
ocasiões a aparição se deu a mais de quinhentas pessoas. Se tornando o que
Lucas considera “provas incontestáveis” da ressurreição de Jesus.
Certamente estas características especiais do corpo ressurreto de Jesus
apontam para a realidade de nosso corpo glorificado e incorruptível que
receberemos de Cristo na ocasião da ressurreição final dos crentes (1 Co 15.49;
Rm 8.29; 1 Co 15.20; 42-44,49; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2).
5. A transformação
Tudo se dará muito rápido, “num abrir e fechar de olhos”, após a ressurreição
dos que dormem. Nós os vivos na ocasião, seremos transformados. Passaremos pelo
mesmo processo de aperfeiçoamento daqueles que ressuscitarão. Ou seja, para
sermos semelhantes ao Cristo glorificado (Fp 3.21). Aquilo que é mortal em nós
se revestirá de imortalidade, e aquilo que é corruptível se revestirá de
incorruptibilidade (1 Co 15. 53,54). Os defeitos genéticos e qualquer limitação
de nosso corpo serão então corrigidos, nos adequando ao santo lugar que Jesus
foi prepara para nós (Jo 14.3).
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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam nos módulos de nosso curso teológico www.abtac.com.br