Pr. Rivail Sousa
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“Quem compreende a Trindade Onipotente? E quem fala dela ainda que não saiba o que diz. Contendem e discutem. E, contudo ninguém contempla esta visão sem ter paz interior” (Santo Agostinho).
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“Quem compreende a Trindade Onipotente? E quem fala dela ainda que não saiba o que diz. Contendem e discutem. E, contudo ninguém contempla esta visão sem ter paz interior” (Santo Agostinho).
Certamente, na ausência desta “Paz
interior” é que muitas seitas tem apresentados seus esdrúxulos ataques á santa
doutrina da Trindade Onipotente. Todavia, a palavra de Deus é prevalecente á
todos os ataques que Satanás já tem preparado através de falsos mestres e
seitas oriundas de seus ensinamentos.
Apesar do termo “Trindade” não está
inserido na bíblia, por ser uma expressão teológica, que surgiu no segundo
século para descrever a Divindade. Os trinitarianos (os que crêem na Trindade)
podem desfrutar da referida “Paz interior” por saber que esta doutrina está
amplamente inserida nas sagradas escrituras, mesmo antes que fosse tecnicamente
chamada de “Trindade”.
Antes de apresentarmos os fundamentos
bíblicos para esta doutrina, veja como o credo de Atanásio pormenoriza o
assunto buscando aclarar e preservar a doutrina:
“Adoremos um Deus na Trindade, e a
Trindade na unidade. Não confundimos as pessoas, nem dividimos (separamos) a
substância. Pois existe uma única pessoa do pai, outra do Filho e outra do Espírito
Santo. Mas a Deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é toda uma só: a
glória é igual, a majestade é coeterna. Tal como é o Pai, tal é o Filho e tal é
o Espírito Santo. O Pai não foi criado, o Filho não foi criado, o Espírito
Santo não foi criado. O Pai é incompreensível (imensurável), o Filho é
incompreensível (imensurável) e o Espírito Santo é incompreensível
(imensurável). O Pai é eterno, o Filho é eterno e o Espírito Santo é eterno. E,
no entanto, não são três (seres) eternos, mas há apenas um eterno. E não há
três (seres) que não foram criados e que são incompreensíveis (imensuráveis).
Há, porém, um só que não foi criado e é incompreensível (imensurável). Assim
sendo, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, e o Espírito Santo é
Todo-Poderoso. E, no entanto, não são três (seres) Todo-Poderosos, mas um só é
Todo-Poderoso. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.
E, no entanto, não são três deuses, mas um só Deus. Igualmente, o pai é Senhor,
o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor. E, no entanto, não são três
senhores, mas um só Senhor. Pois da mesma forma que somos compelidos pela
verdade cristã a reconhecer cada pessoa por si mesma, como Deus e Senhor, assim
também somos proibidos pela religião católica (universal) de dizer: “existem
três deuses ou três senhores”. O pai não foi feito de ninguém: nem criado nem
gerado. O Filho vem somente do pai, não foi feito nem criado, mas gerado. O
Espírito Santo vem do pai e do Filho: não foi nem criado, nem gerado mas
procedente. Assim, há um só Pai, e não três pais; há um só Filho, e não três
filhos; há um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos. E nessa Trindade
nenhum é antes ou depois do outro. Nenhum é superior ou inferior ao outro. Mas
todas as três pessoas são juntamente coeternas e coiguais de tal modo que, nem
todas as coisas, foi dito, a unidade na Trindade e a Trindade na unidade deve
ser adorada. Aquele, pois, que quiser ser salvo, deve pensar assim sobre a
Trindade. (...)”.
FUNDAMENTOS
BÍBLICOS DA DOUTRINA DA TRINDADE
Esta doutrina encontra maior apoio e
expressão no Novo Testamento do que no Antigo Testamento. Isto porque o pano de
fundo do Antigo Testamento é um mundo extremamente politeísta, e a mensagem de
Deus aos descendentes de Abraão consiste na adoração de um único Deus
(Monoteísmo). No entanto o próprio Deus deixa claro que sua unidade é composta
(Pai, Filho e Espírito Santo). Isto fica claro nas referencias citadas á
seguir:
QUANTO
Á FORMAÇÃO DO HOMEM;
“E
disse Deus: Façamos o homem á nossa imagem, conforme a nossa semelhança;” (Gn
1.26 grifo acrescentado)
APÓS
A QUEDA DO HOMEM;
“Então,
disse o Senhor: eis que o homem é como um de nós...” (Gn 3.22).
QUANTO
AO CHAMADO DE ISAIAS;
“Depois
disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por
nós?” (Is 6.8).
Apesar da sutileza destes versículos citados, percebe-se que a unidade composta de Deus está implícita
nos verbos e pronomes pessoais e possessivos acima.
Diante do exposto podemos prosseguir
fundamentando os atributos Divinos conferidos á pessoa do Pai, do Filho e do
Espírito Santo no quadro comparativo abaixo:
O Pai
|
O Filho
|
O Espírito Santo
|
Onipresente Jr 23.24
|
Ef 1.20-23
|
Sl 139.7
|
Onipotente Gn 17.1
|
Ap 1.8
|
Rm 15.19
|
Onisciente At 15.18
|
Jo 21.17
|
1Co 2.10
|
Criador Gn 1.1
|
Jo 1.3
|
Jó 33.4
|
Eterno Rm 16.26
|
Ap 22.13
|
Hb. 9.14
|
Santo Ap 4.8
|
At 3.14
|
1Jo 2.20
|
Santificador Jo 10.36
|
Hb. 2.11
|
1 Pe 1.2
|
Fonte da vida eterna Rm 6.23
|
Jo 10.28
|
Gl 6.8
|
Ressuscitador 1Co 6.14
|
Jo 2.19
|
1 Pe 3.18
|
Inspirador dos Profetas Hb. 1.1
|
Jo 2.19
|
1 Pe 3.18
|
Veja ainda que a Doutrina da Trindade é
claramente confirmada na ocasião do batismo cristão:
“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt 28.19 grifo acrescentado).
NO
TESTEMUNHO:
“Porque estes três são os que
testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um” (1
Jo 5.7).
NA
DISTRIBUIÇÃO DE DONS:
“Ora, há diversidade de dons, mas o
Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E
há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1Co
12.4-6).
FINALMENTE
NA BENÇÃO APOSTÓLICA:
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor
de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém” (2ºCo
13.13).
Certamente quando os povos conhecerem
este Deus tão maravilhoso, Eterno, onisciente, onipotente, onipresente.
Bondoso, misericordioso, amoroso, justo e santo. O Pai da Eternidade, o
Príncipe da paz, não encontraram espaço em suas vidas, nem sentirão necessidade
dos “deuses” inúteis do politeísmo. Portanto, é ora de realizarmos o “grande
Ide” (Mc 16.15).
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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam no módulo IV de nosso curso teológico www.abtac.com.br