quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Pr. Rivail Sousa
www.abtac.com.br

Quando falamos da bendita pessoa de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, a ideia de sua pessoalidade não se furta de nossa mente. Isto porque lemos e cremos pela Sagrada Escritura, que ele, mesmo sendo divino “se fez carne, e habitou entre nós” (Jo1.14). No entanto, quando afirmamos que o Espírito Santo é uma pessoa, algumas dificuldades de compreensão nos são apresentadas, certamente, isto de dá pelo fato do Santo Espírito não haver se manifestado de forma física e/ou humana como nosso meigo Mestre Jesus.


Contudo, vale ressaltar que, mesmo antes de Cristo Jesus ter assumido a forma de homem, Ele já era uma pessoa divina na Eternidade, assim como o Pai e o Santo Espírito o são (Jo 1.1). Dentro deste contexto, é importante ainda ressaltar que, a pessoalidade está firmada nestas três qualidades básicas; intelecto, sensibilidade e vontade. Isto posto, acreditamos não ser necessário muito esforço para notarmos no Meigo Consolador estas qualidades pessoais, que quando relacionadas a Ele podemos chama-las de atributos ou fontes.

Intelecto

Por exemplo:, quando pensamos acerca do intelecto do Espírito Santo, e entendemos que intelecto num sentido lato é a faculdade ou atividade pensante inerente à condição humana, capaz de conferir sentido, limites, ordem e medida ao universo e aos seus múltiplos seres. Logo notamos que os autores bíblicos Coadunam-se no entendimento de que o Santo Espírito desfruta deste atributo.

Veja o que está escrito no Livro de Jó Cap. 33.4 em relação a criação do homem: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do todo-poderoso me deu vida”.

No Salmo 104 v 30, onde a glória de Deus é manifesta na criação e na conservação de todas as coisas, é dito: “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.”

O Apostolo Paulo, por sua vez, faz a seguinte declaração acerca do Espírito Santo em Romanos cap. 8 v 27 “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.” De acordo com estas palavras, o Espírito Santo é um Ser não apenas inteligente e sim onisciente, conhecendo todas as coisas visíveis e invisíveis, não pela ótica humana, mas divina, estando muito além dos limites da compreensão humana.

Sensibilidade

Como fonte inesgotável, a Santa Escritura também nos atesta a sensibilidade do Meigo Consolador. Considerando que uma pessoa sensível, é alguém capaz de sentir compaixão, simpatia pela humanidade, piedade e ternura, quem ler em Romanos 8.26 estas palavras; “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” Pode-se perceber com clareza o quanto Ele é sensível, o quanto se importa conosco e está disposto a se envolver com nossos sentimentos e necessidades. Em nossas orações Ele percebe nossas verdadeiras necessidades e as apresenta ao Pai, adequando estas á perfeita vontade do Pai para nossa vida.

Posto este entendimento se faz oportuno lembrarmo-nos do imperativo de Efésios capitulo 4 v 30 que diz: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”.

Vontade

       A vontade como faculdade de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar certas ações, é vista com clareza nas ações da divina pessoa do Espírito Santo. Em João 3.8 Jesus compara o soberano poder de decisão do Santo Espírito á volatividade do vento, isto para dizer que suas ações são livres, baseando-se unicamente em sua soberana vontade. Assim, aquele frequente equivoco de interpretação de I Coríntios 14.32, em pensar-se que o Espírito está sujeito aos profetas, seria melhor entendido como; os impulsos proféticos (espírito do profeta) estando sujeitos aos próprios profetas, ou seja, àqueles que anunciam as profecias. Veja a integra textual que diz: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.” A proposta do ensino paulino aqui é que, o autocontrole deve sempre estar presente; caso contrário resultaria em confusão.


Seria impossível ao homem sujeitar o divino. Mas a livre ação Dele sobre este é perceptível em passagens como, Atos 13.2 parte b onde se diz: “Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado”. E ainda no capítulo 16.6 do mesmo livro onde o Espírito, pela mesma faculdade impede á Paulo e seus companheiros de ministrarem em Frigia e província da Galácia, conforme se ler: “E, passando pela Frigia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia”.  


No Evangelho de João 16.8 o Senhor Jesus foi enfático em dizer que o Santo Espírito por ele enviado “convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo”.  Pois bem, estas referências são suficientes para fundamentarmos esta verdade característica da personalidade do Espírito Santo, e diante do exposto, podemos assegurar que o Santo Espírito é uma pessoa, tal como Deus pai, e Deus filho o são.


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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam no módulo IV de nosso curso teológico www.abtac.com.br  
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