segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Pr. Rivail Sousa
www.abtac.com.br


Sua Morte

A importância de sua morte     

    A morte de Cristo na cruz é a questão central do cristianismo, é o fato que o diferencia de outras religiões. É o fundamento central do cristianismo, pois, sem a morte de Cristo na cruz não haveria cristianismo. Tal era a importância para os reformadores esta questão que eles concluíram que quem “compreende perfeitamente a cruz, compreende a Cristo e a Bíblia”.


         Posto que na cruz Cristo expiou os pecados da humanidade, isto torna o cristianismo um diferencial. Pois o grande problema da humanidade é o pecado, a corrupção moral e espiritual que tem avassalado o mundo. Na cruz, porém, Jesus apresenta a solução plena para o problema, o que torna o “cristianismo” em si só um antídoto de Deus para a humanidade enfermada pelo pecado (Rm 6.23).


O QUE SIGNIFICA 
               O homem fora feito imagem e semelhança de Deus em perfeito estado de santidade (Gn 1.27; Ef 4.24; Cl 3.10). Porém, o mesmo pecara contra Deus e destituído ficara de sua glória (Rm 3.23), desta forma a si mesmo se condenara à morte (Gn 2.17; Rm 6.23; 5.12, 17, 21; Tg 1.15), Mediante esta situação insolúvel, Deus por ser complacente aprouve-lhe pelo beneplácito de seu nome dar-nos uma oportunidade para redenção (Gn 3.15). Antecipando a profecia em apreço (Gn 3.15) ele deu aos antigos povos mediante a lei mosaica, rituais simbólicos pelos quais eram sacrificados animais, tais como: bois, bodes, cordeiros, etc. Isto em figura a Cristo “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Is Cap 53).


         Paulo ratificou isto dizendo que: “Aquele que não conheceu pecado, se fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Conforme os sinópticos Mt 27.32-56; Mc 15.21-41; Lc 23.26-48, ele se fez vicário por nós subimetendo-se voluntariamente as justas exigências do Juízo divino, sofreu morte de cruz, todavia, ressuscitou ao terceiro dia nos garantido a perfeita reconciliação com Deus. Pois a Bíblia nos declara que na cruz Jesus invalidou a cédula que constava de ordenança contra nós e que nos era prejudicial (Cl 2.14,15). Portanto esta obra foi cabalmente concluída, “está consumado” (Jo 19.30).


A RESSURREIÇÃO DE CRISTO 


         A fé cristã está ancorada no fato da ressurreição de Cristo. Fato este que para o apostolo Paulo é decisivo quanto a autenticidade de nossa salvação, pois segundo o mesmo “se Cristo não ressuscitou, é inútil nossa pregação, e inútil vossa fé” (1 Co 15.14). Mas graças a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que “Cristo, na verdade, foi ressuscitado dos mortos, como primícia dos que dormem” (1 Co 15.20). Isto significando que assim como Cristo ressuscitou, nos também ressuscitaremos na ocasião de sua vinda (1Co 15.23).


A EVIDENCIA


         “Jesus ressuscitou”! Esta afirmativa tem causado incômodo em muitos ao longo dos séculos, começando pelos líderes da religião judaica que imediatamente, ao receberem o relatório dos soldados que guardavam o túmulo no momento em que o anjo removeu a pedra, agiram, “Reunindo-se em conselho com os anciãos, eles deram grande quantia de dinheiro aos soldados, recomendado: Dizei que os discípulos dele vieram de noite e o roubaram, enquanto dormíamos. [...] Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E espalharam esta história entre os judeus, até o dia de hoje” (Mt 28.12-15).


         História esta que não pareceu ter sido tão convincente ao julgamento popular, fato este notado nas inumeráveis multidões que crendo na versão dos discípulos “Cristo ressuscitou”, entregavam suas vidas ao Senhor Jesus. Há que se observar ainda que na ocasião da ressurreição, os discípulos estavam recolhidos em sua timidez, absolutamente desprovidos de qualquer ânimo para enfrentar a guarda postas sobre o túmulo (Mt 27.65). O versículo 66 de Mateus 27 afirma que além da escolta armada, os membros do Sinédrio tomaram precauções de selar a pedra, “provavelmente por meio de cordas e cera ou barro, para que qualquer tentativa de forçá-la fosse percebida”.      


         Mas as contestações dos que não crêem em milagres não pararam por ai. Pois, outros diziam que Jesus não estava morto quando colocado no túmulo, apenas havia desmaiado recuperando se na umidade do túmulo. “Mas um Jesus meio morto, a arrastar se para fora do sepulcro, dificilmente teria inspirado os apóstolos a arriscarem suas vidas na proclamação do evangelho”. Ainda há os que dizem que somente o seu espírito foi ressuscitado. No entanto, o incrédulo Tomé pôde tocar em seu corpo físico (Jo 20.27). Em outra ocasião Jesus convida os discípulos eufóricos com sua aparição a perceber que ele esta presente em corpo físico, e além de chamar a atenção deles para esta realidade ainda faz uma refeição com eles (Lc 24.36-43). Ele de fato ressuscitou!         


          É interessante notar que o corpo ressurreto de Jesus além de manter características físicas que possuía antes de sua morte, como ocupar espaço físico, ser tocado, ocupar se em atividades físicas apropriadas ao corpo humano como comer (Lc 24.36-43). No entanto, algumas características limitadoras do corpo natural desapareceram e outras características especiais foram acrescentadas. Com o milagre da ressurreição Jesus não estava mais limitado ao tempo e espaço físico, o que lhe dera condição de entrar em casa com as portas fechadas (Jo 20.19). Aparecer e desaparecer de relance aos dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). E ninguém pode dizer que estas aparições tenha sido alucinação dos discípulos, pois estas se repetiram em dez ocasiões deferentes num intervalo de quarenta dias (At 1.3), sendo que em uma das ocasiões a aparição se deu a mais de quinhentas pessoas. Se tornando o que Lucas considera “provas incontestáveis” da ressurreição de Jesus.


        
          Certamente estas características especiais do corpo ressurreto de Jesus apontam para a realidade de nosso corpo glorificado e incorruptível que receberemos de Cristo na ocasião da ressurreição final dos crentes (1 Co 15.15).

A ASCENSÃO


                   A ascensão encerra o período do ministério do Senhor Jesus na terra como Deus homem. E assim como sua vinda foi de forma milagrosa, seu retorno ao trono da majestade também. Após ter aparecido e desaparecido á seus discípulos por muitas vezes durante quarenta dias, agora os discípulos pareciam estar de fato cientes da razão pela qual Cristo morreu e convicto de sua ressurreição. Já teriam condição de seguir e obedecer ao chamado de Jesus pela fé, crendo indubitavelmente que de forma espiritual Cristo estaria sempre presente como já havia lhes dito. E que enviaria um consolador, o Espírito Santo (Jo 14.16). Agora no momento em que seria  recebido no Céu, ele ascende não de relance, mas de forma paulatina na presença de uma grande quantidade de discípulos ali no Monte das Oliveiras. Enquanto os discípulos contemplavam a subida de seu Cristo, Senhor e Mestre eram consolados com estas palavras: Varões galileus, porque estais olhando para o Céu? Esse mesmo Jesus que dentre vós foi elevado para o Céu, voltará da mesma forma (Lc 1.11).


    
         Após o Senhor Jesus ser envolto em uma nuvem e entrado no Céu, “Deus o exaltou grandemente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra” (Fp 2.9,10).


        
         Cristo continua nos assistindo em todas as nossas necessidades, e no céu ele continuamente intercede por nós, pois, Deus o constituiu perfeito Sumo Sacerdote. A final “... o mais importante que temos falado é que tal Sumo Sacerdote, que se assenta á direita do trono da majestade nos céus. E que serve no Santuário, e no verdadeiro Tabernáculo que o Senhor erigiu e não o homem.” (Hb 8.1,2). É perfeitamente capaz de nos compreender e nos aceitar por seu imensurável amor. Glórias a este Deus tão maravilhoso, o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.    

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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam no módulo IV de nosso curso teológico www.abtac.com.br   

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