sábado, 31 de outubro de 2015

Poeta Eraime Sousa


Li nas paginas da historia
De uma cidade malvada
Para quem DEUS resolveu
Manda uma forte embaixada
Jonas filho de Amitai
Foi a pessoa encarregada
Para aquela gente malvada
E ceifadoras de vidas
DEUS enviou o profeta Jonas
Com uma mensagem decidida
Mais quarenta dias
E a cidade é destruída
Mais Jonas foge em seguida
Diante da grande mensagem
Embarcou para Társios
E pegou a sua passagem
A coisa mais triste do mundo
É um profeta sem coragem.

Durante aquela viagem
Jonas desceu para o porão
No navio e dormiu
Sem ter preocupação
Com o castigo que vinha
Para toda aquela nação
Mais DEUS estendeu a mão
E grande temporal caiu
Jonas foi acordado
E o segredo descobriu
Jogaram Jonas no mar
E o grande peixe engoliu.


Foi ai que Jonas viu
Que estava castigado
Lá do ventre do peixe
Ele clamou apavorado
Pedindo misericórdia
E o perdão do seu pecado.


E DEUS lhe respondeu calado
Você vai ficar ai
Três dias para aprender
A deixa de transgredir
E diante as minhas ordens
Nem pensar em fugir.


E Jonas ficou ali
Naquela escura prisão
O peixe cortando as águas
Já indo na direção
e Jonas pagando o preço
Pela sua transgressão.


Chegou a ocasião
Que o peixe vomitou
Jonas lá na praia
E o grande DEUS lhe falou
Vai entregar a mensagem
Porque a ora chegou.


E Jonas  se levantou
Sem perder a oportunidade
Por avenidas e praças
Gritando com a autoridade
Mais quarenta dias
DEUS destrói essa cidade.


E toda aquela humanidade
Ouviram a palavra e creram
O rei cria um decreto
E todos obedeceram
Que durante três dias
Nem os animais comeram
E assim eles viveram
Três dias jejuando
Usando sacos e cinzas
Pedindo perdão e chorando
E Jonas ficou de longe
Só o castigo esperando.


Jonas ficou reclamando
De uma sombra que DEUS mandou
Uma verde aboboreira
Que nasceu e logo secou
E DEUS perdoou o povo
E Jonas se revoltou.


Foi ai que Jonas falou
-é por isso que eu fugia
DEUS é misericordioso
De tudo isso eu sabia
Que perdoava todo mundo
E nada acontecia.


Mais DEUS lhe reprendia
Vejo o teu mau coração
Revoltado com o povo
A quem eu dei o perdão
E com uma aboboreira
Que nem tocou com  a mão.


Essa é a grande lição
Que DEUS esta nos ensinando
E pregava o evangelho
Em vez de fica reclamando
Sem perder nenhum segundo
E dizes a todo mundo
Jesus cristo esta voltando.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Pr. Rivail Sousa

O dilúvio foi o julgamento divino sobre o mundo ímpio e impenitente dos dias de Noé. O texto em analise nos informa que o Senhor abril todas as “fontes do grande abismo” (11). Certamente por meio de uma grande convulsão na terra o Senhor libera Uma enorme quantidade de água armazenada embaixo da crosta terrestre pelo poder criativo do segundo dia da criação. Este evento não se tratava de uma enchente comum, mas uma gigantesca onda que subitamente aterrorizou os habitantes da terra.

         O horror da exibição do poder de Deus para destruir os pecadores era algo jamais visto ou imaginado pelo homem, pois além da terrível sublevação que vinha de debaixo da terra, aquela geração ímpia testemunhou a abertura dos gigantescos reservatórios que estão acima da terra. Todas as águas que estavam acumuladas foram torrencialmente liberadas por quarenta dias e quarenta noites sobre a terra, o que foi suficiente para que todo homem, mulher, criança, todo animal, enfim tudo o que habitava na terra expirasse. Salvando-se apenas o justo Noé e os que com ele estavam na arca.

         Embora haja os que defendam a tese de que o dilúvio tenha sido de âmbito local, ou seja, abrangeu apenas a região geográfica habitada pelo homem, o texto em questão é claro em dizer que “as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.” (19). A expressão “todo o céu” não nos parece equivaler apenas a “todo horizonte” como sugerem. O dilúvio foi de âmbito universal. Deus não teria nenhuma dificuldade de cobrir com água toda a terra.


         “Então falou Deus a Noé dizendo: Sai da arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos. Todo o animal que está contigo, de toda a carne, de ave, e de gado, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, traze fora contigo; e povoem abundantemente a terra e frutifiquem, e se multipliquem sobre a terra.” (8.15-17). Trezentos e setenta e um dias haviam se passado desde que Noé e sua casa haviam entrado na arca, então o Senhor lhes chama para fora e lhes abençoa com o mesmo imperativo que havia abençoado Adão: “Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra” (9.1). Noé e sua casa continuavam sendo agraciados com a bondade e misericórdia do Senhor.


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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam no módulo IV de nosso curso teológico www.abtac.com.br  
Pr. Rivail Sousa

DEUS E O PECADO

            Evidentemente Deus em sua onisciência já vira a entrada do pecado no mundo bem antes da criação do homem. Contudo, não significa que Deus tenha qualquer responsabilidade na causa e autoria do pecado, pois, a Sagrada Escritura é enfática quanto a santidade do Senhor (Is 6.3). Portanto, “longe de Deus o praticar a perversidade, e do todo poderoso o cometer injustiça”, Tiago ratifica esta verdade dizendo-nos, que, “Ninguém ao ser tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13).

O PECADO TEVE ORIGEM NO MUNDO ANGELICAL

            Para conhecermos a origem do pecado, devemos ir além do episódio de Genesis capitulo 3 em que narra a queda do homem. Precisamos levar nossa atenção a um período remotíssimo, que embora não mencionado sua cronologia, textos como o de Isaias 14.12-15 e Ezequiel 28.15 entre outros, nos revelam que algo catastrófico aconteceu no mundo dos anjos.

            Por inferência dos textos em apreço, é razoável dizer que Lúcifer fora originalmente criado como o mais gracioso de toda a criação de Deus, a força, sabedoria, beleza, glória e autoridade encontrada neste ser, parece jamais visto em outra criatura. O profeta Isaias em sua narrativa o chama de “estrela da manhã, filha da alva”, na Vulgata Latina, “Lúcifer”, nome que literalmente, significa “o brilhante”, palavra que expressa beleza. Lúcifer, ainda é descrito como “o sinete da perfeição”, expressão que no hebraico traz o sentido de padrão da perfeição.

            Contudo, Lúcifer gera o orgulho em seu coração e, sua decisão em sobrepujar a majestade de Deus mostra a arrogância que dominava o mais profundo do seu ser. O efeito do pecado que nasceu no coração sombrio de Lúcifer foi devastador. Pois, este, perdendo seu estado original, é transforma em Satanás e Diabo, e os anjos que se rebelaram com ele, em anjos caídos, demônios.

            Aquele que enquanto estava na presença do SENHOR, era chamado de medida da perfeição, agora é descrito da seguinte forma: Abadom e Apolion, Ap 9,11; Belzebu, Mt 12.24; Belial, 2 Co 6.15; o Maligno, 2 Co 6.15; satanás, Lc 10.18; Ap 20.2; o Adversário, 1 Pe 5.8; Ap 12.7,17; 20.2; a antiga serpente, Ap 12,9; 20.2; o acusador dos filhos de Deus, Ap 12.10; o deus deste mundo (século), Jo 14.30; 2 Co 4.4; o enganador, Gn 3.4,13; 2 Cr 11.3,13,14; 2 Tm 2.26; a fonte de todo mal, Mt 13.28;1 Jo 3.8,10; homicida desde o princípio, Jo 8.44;1Jo 3.12; o maioral dos demônios, Mt 12.24; o príncipe da potestade do ar, Ef 2.2; o pai da mentira, Jo 8.44; sagaz, astuto, Gn 3.1;2 Cr 2.11; 11.3; o sedutor de todo o mundo, Ap 12.9; tentador; Gn 3.1; Jó 2.7; Mc 1.13; Jo 13.2.”

            Desde então, Satanás tem se tornado inimigo de Deus e dos que amam a Cristo. Disseminar o pecado, portanto, se tornou sua pratica.


A ORIGEM DO PECADO NA HUMANIDADE

            Deus criara o homem num perfeito estado de santidade (Ef 4.24), conforme sua imagem e semelhança (Gn 1.27). Deu-lhe livre arbítrio e, advertiu-o contra o pecado e seus efeitos: mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.17). Entretanto, seduzido pelo Diabo, a antiga serpente (Gn 3.1; AP 20. 2), A primeira família da terra (Adão e Eva) sede a tentação (Gn 3.6), este fato lamentável abre as portas do mundo material ao pecado, conforme as palavras do apóstolo Paulo em Romanos 5.12: Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. 

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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam no módulo IV de nosso curso teológico www.abtac.com.br  

quarta-feira, 30 de setembro de 2015


Nesta inspiradora mensagem, o Pr. Rivail Sousa faz uma exposição da sala do trono da Majestade Santa descrita em Apocalipse capitulo 4,  e  com muita riqueza de detalhes  contextualiza com Isaias Capitulo 6, Ezequiel  capitulo 1º e Atos capitulo 2. Mostrando que sempre que há um encontro mais intimo com Deus, há poderosas transformações na vida do crente.  Assim, além de descrever as maravilhas da sala do trono, trás ao nosso entendimento que o Eterno é especialista em transformar dias difíceis em dia memoráveis. Assista e receba sua porção da graça que sai da sala do trono.

Preço: 12,00


Soberbos nas mãos de Deus é uma mensagem que cristão nenhum pode se dar ao luxo de não assistir. Baseada em Tg 4.6 o Pr. Rivail Sousa Apresenta dois sentimentos antagônicos entre si; a soberba e a humildade. Quanto ao primeiro é feita uma analise de sua origem no coração de lúcifer, esta sendo ofertada no Éden, passando pelos palácios da nas mais diferentes épocas e a forma intolerante como o Eterno lidou com estes.
Quanto ao segundo, há uma mensagem de benção e recompensas para os humildes que vivem em intimidade com o Senhor. 
Esperamos que esta mensagem lhe traga grande edificação em Deus!

Preço: 12,00

Mártires da igreja é uma mensagem transformadora, baseada no testemunho final de muitos notáveis da história da igreja.  Aqui a sua fé é confrontada e desafiada a sair de um estado natural para um nível de maturidade que lhe conduza a viver um Cristianismo bíblico e eficaz. Assista e tenha sua vidas cristã tremendamente edificada.

Preço: 12,00



Nesta inspirada mensagem, o Pr. Rivail Sousa expõe o significado do azeite como notável símbolo do Espírito Santo. Ressalta sua importância nas mensagens vetero e neotestamentarias, enfatizando momentos importantes em que este elemento é utilizado, desde a consagração de reis, sacerdotes e profetas, até sua importante ação de conservação nas armaduras dos Gueiros, alem de seu efeito medicinal proporcionando cura e alivio das enfermidades. O fechamento é precedido por um momento de ministração de curas e milagres. Finalmente, somos convidados á esperar a vinda de Jesus com uma vida cheia do espírito Santo – o santo azeite.

Nossa oração ao Senhor é que você seja tremendamente edificado com esta impactante mensagem.




Preço: 12,00



Nesta edificante mensagem somos levados a compreender as riquezas do simbolismo bíblico acerca do Espírito Santo. Após compreendermos as diferentes proporções bíblicas acerca da água e sua aplicação espiritual, somos aconselhados a; “jogar fora o copo, quebrar o odre, desviar o caminho do poço e seguir em direção as águas profundas do rio do Espírito”.

Que esta poderosa mensagem posa gerar um genuíno avivamento em sua vida.

Preço: 12,00

Nesta impactante mensagem, o Pr. Rivail Sousa nos apresenta uma ampla exegese de Lucas 22.39-45, revelando-nos os terríveis ingredientes que havia dentro daquele cálice que aterrorizava a alma de nosso salvador Jesus. Sua decisão diante deste cálice e o que isto significa para nossas vidas.

Assista esta mensagem e tenha sua vida tremendamente edificada pelas revelações aqui contidas.



Preço: 12,00

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Pr. Rivail Sousa
www.abtac.com.br


 O Cristianismo no Novo Testamento não é uma religião ritualista; a essência do Cristianismo é o contato direto do homem com Deus por meio do Espírito. Portanto, não há uma ordem de adoração dogmática e inflexível, antes permitindo à igreja, em todos os tempos e países, a liberdade de adotar o método que lhe seja mais adequado, para a expressão de sua vida. Não obstante, há duas cerimônias que são essenciais, por serem divinamente ordenadas, a saber, o batismo nas águas e a Ceia do Senhor. Em razão de seu caráter sagrado, elas, às vezes, são descritas como sacramentos, literalmente, "coisas sagradas", ou "juramentos consagrados por um rito sagrado". Também são elas mencionadas como ordenanças porque são "ordenadas" pelo próprio Senhor.

 
O batismo nas águas é o rito do ingresso na igreja cristã, e simboliza o começo da vida espiritual. A Ceia do Senhor é o rito de comunhão e significa a continuação da vida espiritual. O primeiro sugere a fé em Cristo; o segundo sugere a comunhão com Cristo. O primeiro é administrado somente uma vez, porque pode haver apenas um começo da vida espiritual; o segundo é administrado frequentemente, ensinando que a vida espiritual deve ser alimentada.


1. O batismo

(a) O modo

          A palavra "batizar", usada na fórmula de Mateus 28:19.20, significa literalmente mergulhar ou imergir. Essa interpretação é confirmada por eruditos da língua grega e pelos historiadores da igreja. Mesmo eruditos pertencentes a igrejas que batizam por aspersão admitem que a imersão era o modo primitivo de batizar. Além disso, há razões para crer que para os judeus dos tempos apostólicos, o mandamento de ser "batizado" sugeriria "batismo de prosélito", que significava a conversão dum pagão ao Judaísmo. O convertido estava de pé na água, até ao pescoço, enquanto era lida a lei, depois do que ele mesmo se submergia na água, como sinal de que fora purificado das contaminações do paganismo e que começara uma nova vida como membro do povo da aliança. De onde veio, então, a prática da aspersão e de derramar a água? Quando a igreja abandonou a simplicidade do Novo Testamento, e foi influenciada pelas idéias pagãs, atribuiu importância antibiblica ao batismo nas águas, o qual veio a ser considerado inteiramente essencial para se alcançar a regeneração. Era, portanto, administrado aos enfermos e moribundos. Posto que a imersão não era possível em tais casos, o batismo era administrado por aspersão. Mais tarde, por causa da conveniência do método, este generalizou-se. Também, por causa da importância da ordenança, era permitido derramar a água quando não havia suficiente para praticar a imersão.
          Notem a seguinte citação dum antigo escritor do segundo século, agora concernente ao batismo, batiza assim: havendo ensinado todas essas coisas, batiza em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, em água viva (corrente). E se não tiveres água viva, batiza em outra água; e se não podes em água fria, então em água morna. Mas se não tiveres nem uma nem outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Não obstante, o modo bíblico e original é imersão, o qual corresponde ao significado simbólico do batismo, a saber, morte, sepultura e ressurreição (Rom. 6:1-4.).

(b) A fórmula

         "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mat. 28:19). Como vamos reconciliar isso com o mandamento de Pedro: "...cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo"? (Atos 2:38). Estas últimas palavras não representam uma fórmula batismal, porém uma simples declaração afirmando que recebiam batismo as pessoas que reconheciam Jesus como Senhor e Cristo. Por exemplo, o "Didaquê", um documento cristão escrito cerca do ano 100 a.D., fala do batismo cristão celebrado em nome do Senhor Jesus, mas o mesmo documento, quando descreve o rito detalhadamente, usa a fórmula trinitária.

         Quando Paulo fala que Israel foi batizado no Mar Vermelho "em Moisés", ele não se refere a uma fórmula que se pronunciasse na ocasião; ele simplesmente quer dizer que, por causa da passagem milagrosa através do Mar Vermelho, os israelitas aceitaram Moisés como seu guia e mestre como enviado do céu. Da mesma maneira, ser batizado em nome de Jesus significa encomendar-se inteira e eternamente a ele como Salvador enviado do céu, e a aceitação de sua direção impõe a aceitação da fórmula dada por Jesus no capítulo 28 de Mateus. A tradução literal de Atos 2:38 é: "seja batizado sobre o nome de Jesus Cristo". Isso significa, segundo o dicionário de Thayer, que os judeus haviam de "repousar sua esperança e confiança em sua autoridade messiânica". Note-se que fórmula trinitária é descrita duma experiência. Aqueles que são batizados em nome do triúno Deus, por esse meio estão testificando que foram submergidos em comunhão espiritual com a Trindade. Desse modo pode-se dizer acerca deles: "A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos" (2 Cor. 13:13).
                           
(c) O recipiente

          Todos os que sinceramente se arrependem de seu pecado, professam a fé no Senhor Jesus, são elegíveis para o batismo. Na igreja apostólica o rito era acompanhado das seguintes expressões exteriores:
1) Profissão de fé. (Atos 8:37.)
2) Oração. (Atos 22:16.)
3) Voto de consagração. (1 Ped. 3:21.)

         Visto que os infantes não têm pecados de que se arrepender e não podem exercer a fé, logicamente são excluídos do batismo nas águas. Com isso não os estamos impedindo que venham a Cristo (Mat. 19:13,14), pois eles podem ser consagrados a Jesus em culto publico.
(d) A eficácia

         O batismo nas águas, em si não tem poder para salvar; as pessoas são batizadas, não para serem salvas, mas porque já são salvas. Portanto, não podemos dizer que o rito seja absolutamente essencial para a salvação. Mas podemos insistir em que seja essencial para a integral obediência a Cristo. Como a eleição do presidente da nação se completa pela sua posse do governo, assim a eleição do convertido pela graça e pela glória de Deus se completa por sua pública admissão como membro da igreja de Cristo.

(e) O significado

O batismo sugere as seguintes ideias:

1) Salvação

         O batismo nas águas é um drama sacro (se nos permitem falar assim), representando os fundamentos do Evangelho. A descida do convertido às águas retrata a morte de Cristo efetuada; a submersão do convertido fala da morte ratificada, ou seja, o seu sepultamento; o levantamento do converso significa a conquista sobre a morte, isto é a ressurreição de Cristo.

2) Experiência

          O fato de que esses atos são efetuados com o próprio convertido demonstra que ele se identificou espiritualmente com Cristo. A imersão proclama a seguinte mensagem: "Cristo morreu pelo pecado para que este homem morresse para o pecado." O levantamento do convertido expressa a seguinte mensagem: "Cristo ressuscitou dentre os mortos a fim de que este homem pudesse viver uma nova vida de justiça."

3) Regeneração

         A experiência do novo nascimento tem sido descrita como uma, "lavagem" (literalmente "banho", Tito 3:5), porque por meio dela, os pecados e as contaminações da vida de outrora foram lavados. Assim como o lavar com água limpa o corpo, assim também Deus, em união com a morte de Cristo e pelo Espírito Santo, purifica a alma. O batismo nas águas simboliza essa purificação. "Levanta-te, e lava os teus pecados (isto é, como sinal do que já se efetuou)" (Atos 22:16).

4) Testemunho

         "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo" (Gál. 3:27). O batismo nas águas significa que o convertido, pela fé, "vestiu-se" do caráter de Cristo de modo que os homens podem ver a Cristo nele, como se vê o uniforme no soldado. Pelo rito de batismo, o convertido, figurativamente falando, publicamente veste o uniforme do reino de Cristo.

2. A ceia do Senhor

Pontos principais

         Define-se a Ceia do Senhor ou Comunhão como o rito distintivo da adoração cristã, instituído pelo Senhor Jesus na véspera de sua morte expiatória. Consiste na participação solene do pão e vinho, os quais, sendo apresentados ao Pai em memória do sacrifício inexaurível de Cristo, tornam-se um meio de graça pelo qual somos incentivados a uma fé mais viva e fidelidade maior a ele. Os seguintes são os pontos-chave dessa ordenança:

(a) Comemoração

          "Fazei isto em memória de mim." Cada vez que um grupo de cristãos se congrega para celebrar a Ceia do Senhor, estão comemorando, dum modo especial, a morte expiatória de Cristo que os libertou dos pecados. Por que recordar a sua morte mais do que qualquer outro evento de sua vida? Porque a sua morte foi o evento culminante de seu ministério e porque somos salvos, não meramente por sua vida e seus ensinos, embora sejam divinos, mas por seu sacrifício expiatório.

(b) Instrução

         A Ceia do Senhor é uma lição objetiva que expõe os dois fundamentos do Evangelho:



1) A encarnação

         Ao participar do pão, ouvimos o apóstolo João dizer: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14); ouvimos o próprio Senhor declarar: "Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo" (João 6:33).

2) A expiação

         Mas as bênçãos incluídas na encarnação nos são concedidas mediante a morte de Cristo. O pão e o vinho simbolizam dois resultados da morte: a separação do corpo e da vida, e a separação da carne e do sangue. O simbolismo do pão partido é que o Pão deve ser quebrantado na morte (Calvário) a fim de ser distribuído entre os espiritualmente famintos; o vinho derramado nos diz que o sangue de Cristo, o qual é sua vida, deve ser derramado na morte a fim de que seu poder purificador e vivificante possa ser outorgado às almas necessitadas.

(c) Inspiração

          Os elementos, especialmente o vinho, nos lembram que pela fé podemos ser participantes da natureza de Cristo, isto é, ter "comunhão com ele". Ao participar do pão e do vinho da Ceia, o ato nos recorda e nos assegura que, pela fé, podemos verdadeiramente receber o Espírito de Cristo e ser o reflexo do seu caráter.


(d) Segurança

          “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue"! (1 Cor. 11:25). Nos tempos antigos a forma mais solene de aliança era o pacto de sangue, que era selado ou firmado com sangue sacrificial. A aliança feita com Israel no Monto Sinai foi um pacto de sangue. Depois que Deus expôs as suas condições e o povo as aceitou, Moisés tomou uma bacia cheia de sangue sacrificial e aspergiu a metade sobre o altar do sacrifício, significando esse ato que Deus se havia comprometido a cumprir a sua parte do convênio; em seguida, ele aspergiu o resto do sangue sobre o povo, comprometendo-o, desse modo, a guardar também a sua parte do contrato (Êxo. 24:3-8). A nova aliança firmada por Jesus é um pacto de sangue. Deus aceitou o sangue de Cristo. Portanto, comprometeu-se, por causa de Cristo, a perdoar e salvar a todos os que vierem a ele. O sangue de Cristo é a divina garantia de que ele é benévolo e misericordioso para aquele que se arrepende. A nossa parte nesse contrato é crer na morte expiatória de Cristo. (Rom. 3:25,26.) Depois, então poderemos testificar que fomos aspergidos com o sangue da nova aliança. (1Ped. 1:2.)

(e) Responsabilidade



          Quem deve ser admitido ou excluído da Mesa do Senhor? Paulo trata da questão dos que são dignos do sacramento em 1Cor. 11:20-34. "Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber este cálice do Senhor indignamente, será culpado (uma ofensa ou pecado contra) do corpo e do sangue do Senhor." Quer isso dizer que somente aqueles que são dignos podem chegar-se à Mesa do Senhor? Então, todos nós estamos excluídos! Pois quem dentre os filhos dos homens é digno da mínima das misericórdias de Deus? Não, o apóstolo não está falando acerca da indignidade das pessoas, mas da indignidade das ações. Sendo assim, por estranho que pareça, é possível a uma pessoa indigna participar dignamente. E em certo sentido, somente aqueles que sinceramente sentem a sua indignidade estão aptos para se aproximar da Mesa; os que se justificam a si mesmos nunca serão dignos. Outro sim, nota-se que as pessoas mais profundamente espirituais são as que mais sentem a sua indignidade. Paulo descreve-se a si mesmo como o "principal dos pecadores" (1Tim. 1:15). O apóstolo nos avisa contra os atos indignos e a atitude indigna ao participar desse sacramento. Como pode alguém participar indignamente? Praticando alguma coisa que nos impeça de claramente apreciar o significado dos elementos, e de nos aproximarmos em atitude solene, meditativa e reverente. No caso dos coríntios o impedimento era sério, a saber, a embriaguez.

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Bibliografia sugerida

OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia. CPAD, 1992 2ª edição

ICP – ECLESIOLOGIA – Doutrina da Igreja. Módulo V. Editora ICP

PEARLMAN. Myer. Conhecendo as doutrina da bíblia. Editora vida, 1993.
Pr. Rivail Sousa
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Sua Morte

A importância de sua morte     

    A morte de Cristo na cruz é a questão central do cristianismo, é o fato que o diferencia de outras religiões. É o fundamento central do cristianismo, pois, sem a morte de Cristo na cruz não haveria cristianismo. Tal era a importância para os reformadores esta questão que eles concluíram que quem “compreende perfeitamente a cruz, compreende a Cristo e a Bíblia”.


         Posto que na cruz Cristo expiou os pecados da humanidade, isto torna o cristianismo um diferencial. Pois o grande problema da humanidade é o pecado, a corrupção moral e espiritual que tem avassalado o mundo. Na cruz, porém, Jesus apresenta a solução plena para o problema, o que torna o “cristianismo” em si só um antídoto de Deus para a humanidade enfermada pelo pecado (Rm 6.23).


O QUE SIGNIFICA 
               O homem fora feito imagem e semelhança de Deus em perfeito estado de santidade (Gn 1.27; Ef 4.24; Cl 3.10). Porém, o mesmo pecara contra Deus e destituído ficara de sua glória (Rm 3.23), desta forma a si mesmo se condenara à morte (Gn 2.17; Rm 6.23; 5.12, 17, 21; Tg 1.15), Mediante esta situação insolúvel, Deus por ser complacente aprouve-lhe pelo beneplácito de seu nome dar-nos uma oportunidade para redenção (Gn 3.15). Antecipando a profecia em apreço (Gn 3.15) ele deu aos antigos povos mediante a lei mosaica, rituais simbólicos pelos quais eram sacrificados animais, tais como: bois, bodes, cordeiros, etc. Isto em figura a Cristo “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Is Cap 53).


         Paulo ratificou isto dizendo que: “Aquele que não conheceu pecado, se fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Conforme os sinópticos Mt 27.32-56; Mc 15.21-41; Lc 23.26-48, ele se fez vicário por nós subimetendo-se voluntariamente as justas exigências do Juízo divino, sofreu morte de cruz, todavia, ressuscitou ao terceiro dia nos garantido a perfeita reconciliação com Deus. Pois a Bíblia nos declara que na cruz Jesus invalidou a cédula que constava de ordenança contra nós e que nos era prejudicial (Cl 2.14,15). Portanto esta obra foi cabalmente concluída, “está consumado” (Jo 19.30).


A RESSURREIÇÃO DE CRISTO 


         A fé cristã está ancorada no fato da ressurreição de Cristo. Fato este que para o apostolo Paulo é decisivo quanto a autenticidade de nossa salvação, pois segundo o mesmo “se Cristo não ressuscitou, é inútil nossa pregação, e inútil vossa fé” (1 Co 15.14). Mas graças a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que “Cristo, na verdade, foi ressuscitado dos mortos, como primícia dos que dormem” (1 Co 15.20). Isto significando que assim como Cristo ressuscitou, nos também ressuscitaremos na ocasião de sua vinda (1Co 15.23).


A EVIDENCIA


         “Jesus ressuscitou”! Esta afirmativa tem causado incômodo em muitos ao longo dos séculos, começando pelos líderes da religião judaica que imediatamente, ao receberem o relatório dos soldados que guardavam o túmulo no momento em que o anjo removeu a pedra, agiram, “Reunindo-se em conselho com os anciãos, eles deram grande quantia de dinheiro aos soldados, recomendado: Dizei que os discípulos dele vieram de noite e o roubaram, enquanto dormíamos. [...] Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E espalharam esta história entre os judeus, até o dia de hoje” (Mt 28.12-15).


         História esta que não pareceu ter sido tão convincente ao julgamento popular, fato este notado nas inumeráveis multidões que crendo na versão dos discípulos “Cristo ressuscitou”, entregavam suas vidas ao Senhor Jesus. Há que se observar ainda que na ocasião da ressurreição, os discípulos estavam recolhidos em sua timidez, absolutamente desprovidos de qualquer ânimo para enfrentar a guarda postas sobre o túmulo (Mt 27.65). O versículo 66 de Mateus 27 afirma que além da escolta armada, os membros do Sinédrio tomaram precauções de selar a pedra, “provavelmente por meio de cordas e cera ou barro, para que qualquer tentativa de forçá-la fosse percebida”.      


         Mas as contestações dos que não crêem em milagres não pararam por ai. Pois, outros diziam que Jesus não estava morto quando colocado no túmulo, apenas havia desmaiado recuperando se na umidade do túmulo. “Mas um Jesus meio morto, a arrastar se para fora do sepulcro, dificilmente teria inspirado os apóstolos a arriscarem suas vidas na proclamação do evangelho”. Ainda há os que dizem que somente o seu espírito foi ressuscitado. No entanto, o incrédulo Tomé pôde tocar em seu corpo físico (Jo 20.27). Em outra ocasião Jesus convida os discípulos eufóricos com sua aparição a perceber que ele esta presente em corpo físico, e além de chamar a atenção deles para esta realidade ainda faz uma refeição com eles (Lc 24.36-43). Ele de fato ressuscitou!         


          É interessante notar que o corpo ressurreto de Jesus além de manter características físicas que possuía antes de sua morte, como ocupar espaço físico, ser tocado, ocupar se em atividades físicas apropriadas ao corpo humano como comer (Lc 24.36-43). No entanto, algumas características limitadoras do corpo natural desapareceram e outras características especiais foram acrescentadas. Com o milagre da ressurreição Jesus não estava mais limitado ao tempo e espaço físico, o que lhe dera condição de entrar em casa com as portas fechadas (Jo 20.19). Aparecer e desaparecer de relance aos dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). E ninguém pode dizer que estas aparições tenha sido alucinação dos discípulos, pois estas se repetiram em dez ocasiões deferentes num intervalo de quarenta dias (At 1.3), sendo que em uma das ocasiões a aparição se deu a mais de quinhentas pessoas. Se tornando o que Lucas considera “provas incontestáveis” da ressurreição de Jesus.


        
          Certamente estas características especiais do corpo ressurreto de Jesus apontam para a realidade de nosso corpo glorificado e incorruptível que receberemos de Cristo na ocasião da ressurreição final dos crentes (1 Co 15.15).

A ASCENSÃO


                   A ascensão encerra o período do ministério do Senhor Jesus na terra como Deus homem. E assim como sua vinda foi de forma milagrosa, seu retorno ao trono da majestade também. Após ter aparecido e desaparecido á seus discípulos por muitas vezes durante quarenta dias, agora os discípulos pareciam estar de fato cientes da razão pela qual Cristo morreu e convicto de sua ressurreição. Já teriam condição de seguir e obedecer ao chamado de Jesus pela fé, crendo indubitavelmente que de forma espiritual Cristo estaria sempre presente como já havia lhes dito. E que enviaria um consolador, o Espírito Santo (Jo 14.16). Agora no momento em que seria  recebido no Céu, ele ascende não de relance, mas de forma paulatina na presença de uma grande quantidade de discípulos ali no Monte das Oliveiras. Enquanto os discípulos contemplavam a subida de seu Cristo, Senhor e Mestre eram consolados com estas palavras: Varões galileus, porque estais olhando para o Céu? Esse mesmo Jesus que dentre vós foi elevado para o Céu, voltará da mesma forma (Lc 1.11).


    
         Após o Senhor Jesus ser envolto em uma nuvem e entrado no Céu, “Deus o exaltou grandemente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra” (Fp 2.9,10).


        
         Cristo continua nos assistindo em todas as nossas necessidades, e no céu ele continuamente intercede por nós, pois, Deus o constituiu perfeito Sumo Sacerdote. A final “... o mais importante que temos falado é que tal Sumo Sacerdote, que se assenta á direita do trono da majestade nos céus. E que serve no Santuário, e no verdadeiro Tabernáculo que o Senhor erigiu e não o homem.” (Hb 8.1,2). É perfeitamente capaz de nos compreender e nos aceitar por seu imensurável amor. Glórias a este Deus tão maravilhoso, o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.    

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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam no módulo IV de nosso curso teológico www.abtac.com.br   

Pr. Rivail Sousa

Fogo como simbolo do Espírito Santo

“Porque o nosso Deus é um fogo consumidor” (Hb 12.29). Esta afirmação justifica as insistentes recorrências em que o Eterno se manifesta através do fogo. Em Atos 2, ao manifestar- se sobre a igreja, o Santo Espírito utiliza-se desta mesma simbologia para manifestar–se de forma visível ao seu povo. Veja o que diz o versículo 3; “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.”

Este elemento natural descreve muito bem as ações do Espírito. As lições que podemos tirar deste elemento com símbolo do Santo Espírito é que;

a) O fogo consome Is 33.14. De igual modo, as ações purificadoras do Espírito de Deus consome, em nossa vida toda escoria do pecado, nos tornando limpos diante de Deus.

b) O fogo aquece Lc 22.55. Somente as chamas do Espírito pode aquecer nossa alma livrando-nos da frieza e/ou mornidão espiritual, o que nos tornaria rejeitados diante de Deus; “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” Ap.3.16.

c) O fogo ilumina e guia. Assim como no deserto, o Senhor em relação a sua igreja, “De dia os guiou por uma nuvem, e toda a noite por uma luz de fogo.” Sl 78.14. O Santo Espírito trás luz e direção á sua igreja, posto que “por Ele somos guiados”. Rm. 8.14.

d) O fogo tem o poder de amolecer e consolidar. Isto pode ser percebido nitidamente no cenário de Atos 2, ao mesmo tempo em que a manifestação do Santo Espírito consolida o ânimo daqueles discípulos, levando-os a proclamar abertamente o mais poderoso sermão acerca do Cristo ressuscitado, enternece o “coração de pedra” da multidão que os ouvi, de sorte que esta veio a clamar; “...Que faremos, homens irmãos? At 2.37.

e) O fogo se propaga. Este elemento possui um incrível poder de disseminação, portanto, apropriado símbolo da manifestação do Espírito Santo. Posto que as chamas acessas em Atos 2 no dia da inauguração da igreja de Cristo, espalhou-se por toda a terra através dos séculos chegando até nós.

Em síntese, o fogo representa o Espírito Santo, no sentido de que Este, ilumina nosso viver, aquece nossa alma, consome toda impureza de nossa natureza e obras, e nos comissiona na propagação do evangelho de Cristo. 


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Obs:... As sugestões bibliográficas para este texto, constam nos módulos  de nosso curso teológico www.abtac.com.br  
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